Senhor, aqui estou em tua presença.
Hoje eu trago minhas mãos vazias. Parece desfeita,
mas este é um preciosos presente que te quero ofertar.
Senhor, já pensei muitas vezes nas coisas que a vida
me deixou fazer. Dias houve em que eu me deitava com a certeza de ter feito
coisas úteis e de ter transformado o meu mundo. Dias houve em que realmente
pensei ser bom, ser até caridosos!
Hoje, Senhor, á luz do meio-dia da vida é diferente!
Vezes há em que tenho a impressão de que a vaidade, o amor-próprio, o orgulho
invadiram minha vida e estragaram as obras de minha história.
Tenho hoje as mãos vazias! Tudo o que pude fazer
parece insignificante e sem valor. Minhas mãos estão vazias e são essas mãos
vazias que te ofereço estas mãos vazias porque nada posso.
Lembro-me hoje de uma palavra do Evangelho, do
Evangelho de fogo do teu Filho que diz devermo-nos considerar servos inúteis
depois de fazer tudo aquilo que devíamos ter feito. Esta convicção invade minha vida. Tenho certeza
da inutilidade das coisas que faço e que posso vir a fazer. Minhas mãos, meu
coração, minha vida são teus.
Maurice Zundel
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