Sofrimento e confiança em Deus
Santa Catarina no ano de 1447.
Seus pais eram fervorosos católicos e a educaram no santo temor de Deus.
Desde pequena Catarina foi objeto de copiosas bênçãos do Céu, entre estas a de receber aos oito anos de idade um dom particular de oração e união com Deus.
Aos 12, começou a renunciar inteiramente à sua vontade para só fazer a do Divino Redentor, e consagrou-se com afinco às coisas espirituais, meditando continuamente na santíssima Paixão de Nosso Senhor. Quis consagrar-se a Deus num claustro, quando tinha 13 anos, mas não foi admitida devido à idade insuficiente.
Da sua experiência pessoal de purificação nasceu o seu brilhante “tratado do purgatório”. Foi determinante o seu influxo na vida eclesial do seu tempo, com o movimento do divino amor inspirado por ela, sobre a espiritualidade moderna através da escola francesa dos séculos XVI-XVII que trouxe muita admiração por ela.
Morreu consumada pelo fogo devorante do amor na madrugada do dia 15 de setembro de 1510.
Foi canonizada no ano 1737 pelo Papa Clemente XII. Pio, no ano 1943, a proclamou “Padroeira dos hospitais italianos”.
Aos 16 anos se casou com Juliano Adomo; matrimonio não por amor, mas por oportunismo político ao qual foi submetida. O casamento não foi feliz, pois Julião era de temperamento colérico, volúvel e extravagante. Ao contrário de Catarina, amava as pompas e vaidades do século, o luxo, os prazeres. Com isso, concebeu verdadeira aversão à esposa, desprezando-a e ultrajando-a de muitos modos.
Agravava essa situação o fato de ser ele um jogador contumaz, que dilapidava no jogo não só sua fortuna, mas também o dote de Catarina. Aos poucos a família foi caindo na pobreza. Apesar de tudo, Catarina era-lhe inteiramente submissa e procurava, pela paciência e virtude, conquistá-lo para Deus.
Nosso Senhor durante uma aparição, fez reclinar a cabeça de Catarina no seu peito, dando-lhe a graça de poder ver tudo através dos seus olhos e sentimento através do Seu coração traspassado.
Sempre demonstrou grande reverência e amor pela Eucaristia. Durante a celebração da Santa Missa, o seu espírito permaneceu sempre recolhido, sobretudo recebendo a sagrada comunhão, muitas vezes lhe aconteceu de cair em êxtase e chorando orava Deus de perdoar os seus pecados.
A penitência que Catarina praticou era muito forte, tão forte que o nosso Senhor em uma ocasião lhe ordenou que cessasse de praticar estas mortificações e penitência tão severas e a isto, ela obedeceu.
Catarina morreu no dia 14 de setembro de 1507, dia da Exaltação da Cruz. O seu corpo foi sepultado no hospital onde serviu por mais de 40 anos. Alguns anos mais tarde, foi aberta a sua sepultura, os seus vestidos não apresentavam sinais de decomposição, o seu corpo era intacto, igual ao dia em que foi sepultada.
Jesus revela a Santa Catarina de Genova, o Purgatório e o Inferno.
Através do Divino fogo com a qual foi purificada na vida mortal, ela pode entender o estado das almas do Purgatório. Jesus lhe disse: “A alma é como ouro, deve ser purificada no fogo”.
Revelou a ela que como o sol não pode penetrar em uma superfície coberta, assim e ao mesmo modo, também a chama do seu amor não pode penetrar nas almas que bloqueiam e resistem receber o seu Amor Purificador, porque Ele respeita a liberdade dos homens.
A alma que não deseja ser purificada na vida terrena e não encontra prazer na purificação, deverá sofrer uma purificação mais forte no Purgatório. Porque aqui na terra encontra complacência e consolação no Senhor.
As chamas com as quais a alma é purificada aqui na terra, são as chamas do amor divino, no Purgatório as chamas que queimam e purificam todos os nossos pecados não são chamas do amor divino por isto causam dor, angústia: não existe compaixão. E mesmo que o nosso amor pelo Senhor cresce, não tira nem diminui o tormento que se sente, mesmo quando se percebe os raios do Amor de Deus.
Deus, nosso Pai, nós vos pedimos por aqueles estão enfermos, especialmente nossos parentes, amigos e conhecidos. Por aqueles que no sofrimento sentem-se abandonados e carregam a cruz sozinhos em meio à dor e ao desespero. Sejamos misericordiosos e compassivos para juntos sofrermos e suplicarmos a vós força e aceitação do mistério da dor. Neste momento de paixão e morte, nos console a esperança da ressurreição já aqui e agora. Ressurreição que é acreditar que em vós vivemos, somos e nos movemos; que a morte não tem poder sobre os que em vós esperam!
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